“Eu não te amo mais!”
Uma frase simples, com apenas cinco palavras, que para quem houve dá a impressão que o mundo está desmoronando. Todos os sonhos de amor, as expectativas no relacionamento, os momentos bons que passaram juntos, os desafios que superaram… tudo vai por água abaixo.
A pessoa não sabe o que fazer e começa a questionar: “como que as coisas chegaram a esse ponto?”, “o que eu fiz de errado?”, “vamos tentar mais um pouco, eu prometo que vou mudar!”.
Minha pergunta é a seguinte: é possível amar novamente a pessoa depois que esse amor se perdeu?
Eu te amo
Ha, que frase boa de ouvir, e também como é boa de falar… Mas o que será que ela significa? Definições de o que é o amor são feitas desde que o mundo é mundo. Uns dizem que é fogo que arde sem ver, que é ferida que dói e não se sente. Outros apontam a abnegação do amor “tudo espera, tudo crê, tudo suporta”. E ainda há os que dizem que o amor é simplesmente o amor, que não tem como definir o que é.
Mesmo dentro da psicologia não existe consenso sobre o que é o amor, pelo contrário há várias discordâncias. Há duas teorias que mais gosto sobre o amor, uma se chama Teoria Triangular do Amor formulada por Robert Sternberg. A outra é a definição do amor do pesquisador do comportamento B.F. Skinner.
Sternberg postula que o amor é formado por três pilares, que seriam os vértices de um triângulo, eles são: intimidade, paixão e compromisso. Cada um dos pilares representa uma forma de amor, e a junção de dois ou três outras formas de amor.
Vamos começar com os vértices. O primeiro tipo de amor é a paixão, que também pode ser chamado de atração ou desejo sexual. É o componente físico e fisiológico do amor, que foi selecionado geneticamente e serve para a perpetuação da espécie. É a química, o tesão, a vontade de ir para a cama fazer um bebê. Relacionamentos românticos geralmente, mas não exclusivamente, iniciam com paixão, e com com o desenvolvimento da intimidade se tornam românticos. Se não houver do desenvolvimento de intimidade ou compromisso a tendência é desaparecer rapidamente.
O segundo tipo é a amizade, caracterizada pela intimidade, porém sem compromisso nem paixão. Neste tipo de relacionamento há sentimentos de carinho e afeto, porém sem atração sexual. O componente intimidade está relacionado a convivência, ao quanto um conhece e é capaz de apoiar o outro.
O terceiro tipo é o amor vazio, com predomínio do compromisso mas sem intimidade ou paixão. Este tipo de relacionamento é caracterizado por brigas constantes e pouca ou nenhuma relação sexual, o que os mantém juntos podem ser a família, os filhos, a dependência financeira, a religião, etc.
O quarto tipo de amor é o amor romântico. Neste tipo há atração sexual e intimidade, porém falta o compromisso. É o tipo de amor mais desejado, com intensidade forte e propenso a grandes emoções. Sobrevive de fantasias e desejos, porém como é um amor de expectativa e não de realidade tende a diminuir quando concretizado. Apesar de não parecer é um tipo de amor egoísta, você não ama a pessoa, ama um ideal de pessoa. A falta do compromisso com o relacionamento leva a discussões e desentendimentos.
O amor companheiro é o próximo tipo. Há a presença de intimidade e compromisso sem a paixão. O desejo sexual não é um elemento afirmado ou valorizado na relação, por vezes um amor mais forte se dissolve e permanecem o sentimento intenso de carinho e compromisso . É um amor característico de relações de longa duração em que o casal se dá muito bem, não há brigas e há objetivos e responsabilidades compartilhados.
Amor fugaz é o ultimo dos tipos incompletos de amor. Pode ser exemplificado com um processo rápido de namoro e casamento, o compromisso é motivado sobre tudo pela paixão e atração sexual. Entretanto, sem a influência estabilizadora da intimidade, a tendência é que este tipo de amor termine em divórcio. Muitos casais evangélicos acabam neste tipo de relacionamento devido a “proibição” de terem relações sexuais antes do casamento. A separação ocorre pela dificuldade de estabelecer a intimidade ocasionada pela austeridade do início da vida de casados.
O ultimo dos tipos de amor é o amor consumado. Há atração sexual, o casal consegue desenvolver uma intimidade verdadeira e o compromisso em manter viva a paixão torna o relacionamento ideal. O autor coloca que manter esse tipo de amor é mais difícil de alcançar e só se mantém quando são realizadas ações contínuas e persistentes por parte do casal em cuidar da relação. Não é um amor permanente, se perdida a paixão pode se tornar um amor companheiro.
Estou Apaixonado por você
Agora que já sabemos quais são os componentes do amor, vamos ver como as pessoas se apaixonam e se lançam a um relacionamento. Há basicamente duas formas de isso acontecer: a paixão à primeira vista, ou o amor baseado em interações positivas.
A paixão à primeira vista ocorre quando uma pessoa possui um conjunto de caraterísticas que na sua história de vida você passou a valorizar, estas características são tanto genéticas quanto valorizadas pela história de aprendizagem.
Os homens são programados geneticamente para terem propensão a se relacionar com alguns tipos de mulheres, as que vão ser melhores mães para seus filhos. Por isso os homens têm a tendência a se interessarem por mulheres de quadril largo (menor possibilidade de ter problemas ao dar a luz), seios firmes (melhores condições para amamentar), pele lisa e brilhosa, cabelo brilho, olhos vistosos, e com uma quantidade ideal de gordura (indicativos de saúde). Não, homens não gostam de mulheres muito magras!!!
Já as mulheres são propensas a procurar homens que serão melhores pais para seus filhos. Isso inclui homens altos e com força física (proteção), que é o líder em um grupo de amigos (proteção do grupo + acesso a alimentos + posição de privilégios para ela e os filhos naquele meio social), que é desejado por outras mulheres (bom reprodutor) e que ostenta bens materiais (acesso a abrigo e alimentos).
Essa programação genética que falei acima é decorrente da seleção natural, os organismos mais adaptados ao ambiente tem mais chance de sobreviver e disseminar seus genes na sua prole.
Por outro lado, a medida que vivemos temos uma história de aprendizagens que acabam por selecionar características especificas que mais nos atrai em outras pessoas. Isso acontece da seguinte forma, o homem ou a mulher se sente atraído por determinadas pessoas de acordo com a programação que está impregnada em seus genes. Porém, quando ele se apaixona por uma pessoa, ele acaba associando outras características da pessoa às que ele se sentiu atraído no começo, e estas passam a se tornar desejáveis também. É um processo de condicionamento respondente. Isso explica porque alguns homens gostam de mulheres de seios pequenos e bunda grande e algumas mulheres gostam de homens de barba e tatuagem.
Quando todos os componentes selecionados geneticamente e os apreendidos estão em uma só pessoa, aquela pessoa se torna tão desejável que o sentimento é de uma paixão avassaladora a primeira vista. É como se seus genes e sua história de vida dissessem: essa é a mulher perfeita, ou você PRE-CI-SA ficar com esse homem.
A segunda forma de se apaixonar é decorrente de interações positivas. A princípio não há uma grande atração sexual, porém a personalidade da pessoa é cativante, isso faz com que você tenha várias interações positivas e desenvolva um sentimento de afeto com a pessoa. O afeto pode fazer com que o homem passe a valorizar características físicas que antes não notava, ou que notava mas não valorizava, ai surge a paixão. Este tipo de paixão ocorre mais em homens do que mulheres, nós temos uma dificuldade muito grande em separar amizade de relacionamento amoroso. Ao contrário, as mulheres separam bem, ai quando o homem cai na friendzone é mais difícil ela passar a sentir atração por ele devido ao afeto. As mulheres entram neste tipo de relacionamento quando já possuem uma atração pelo homem, e as interações positivas intensificam a paixão e aproxima os dois.
E o que são essas interações positivas? São momentos que você passa com a pessoa que trazem sentimentos de carinho, de ser compreendido, de diversão, de companheirismo, de alegria, de superar dificuldades junto, de ajudar, de se permitir ser ajudado, enfim, são todas ações que causam bons sentimentos.
Eu não te amo mais
O relacionamento e o casamento são um balanço entre interações positivas e negativas. Quando há mais interações positivas que negativas, o casamento vai bem, quando há mais interações negativas que positivas, o negócio começa a complicar.
Já expliquei o que são interações positivas, vamos entender agora o que são interações negativas. Interações negativas são todas que trazem emoções como raiva, ansiedade, ciúmes, tristeza, desesperança, desamparo, desolo, insegurança, etc., são todas coisas que causam sentimentos aversivos ou negativos.
Entre as coisas que fazem um relacionamento acabar, eu posso citar duas principais: avaliação cognitiva e falta de um ou mais pilares do amor. Independente de qual das duas sejam, as duas vão causar padrões de interações negativas que levam ao desgaste do casamento.
Vou falar primeiro sobre a falta dos pilares do amor.
A falta da paixão vai levar o casal a não ter ou ter poucas relações sexuais. Tanto os homens como as mulheres tem necessidade de terem relações sexuais, o desejo faz parte de um corpo saudável. Se um não se interessa pelo outro vai ter reclamação, brigas, sentimentos de que está sendo rejeitado, pensamentos que não é atraente para a outra pessoa, e por aí vai. A ausência da paixão acontece pelo casal cair na rotina, pelo envelhecimento do corpo, por problemas hormonais, por disfunções sexuais, por auto estima baixa, por inadequações sexuais, por traumas, por conflitos entre o casal.
O que mantém o casamento é o balanço entre interações positivas e negativas!
Luiz Gustavo de Almeida Silverio
A falta da intimidade leva o casal a não se conhecer, a manter um relacionamento superficial baseado só na atração ou compromisso. A intimidade tem o poder de gerar sentimentos de afeto, carinho, companheirismo, empatia, emoções muito importantes para o relacionamento. A intimidade faz com que o casal tenha mais interações positivas. Casais sem isso brigam muito, e, pelo aumento de interações negativas, o relacionamento se acaba.
Se não houver compromisso entre o casal, não é possível viver uma vida a dois. O compromisso faz com que os dois tenham planos em conjunto, compartilhem seus sonhos e desejo de vida, permite que os dois adquiram bens materiais, torna o casal imune a traição e dedicado ao relacionamento.
A avaliação cognitiva é uma avaliação que fazemos a respeito de tudo que acontece conosco, com nossos parceiros e com o mundo, é um pensamento de avaliação. Temos a capacidade de atribuir sentido a tudo o que ocorre, porém nem sempre estamos certos. Quem nunca ouviu a famosa frase “você faz isso só pra me irritar…”, como se a pessoa não tivesse mais nada pra fazer na vida a não ser irritar a outra.
Se o marido esquece a toalha molhada em cima da cama, a mulher já tem uma avaliação cognitiva que ele é relaxado. Se a mulher deixa o carro bagunçado ele tem uma avaliação cognitiva que ela não sabe cuidar do carro. Se ele esqueceu de algo que ela pediu para ele fazer, ela pensa que ele não valoriza ela. Se ela não tem orgasmos com penetração ele pensa que não é bom de cama. E por ai vai, atribuímos significado a tudo, porém nem sempre estamos certos, para falar a verdade erramos muito.
Quando fazemos uma avaliação cognitiva de algo, aquilo vai gerar sentimentos que conduzem a determinados comportamentos. Os sentimentos e comportamentos não são necessariamente relacionados ao que aconteceu, e sim baseados na forma que a situação foi avaliada.
Se ela pensar que ele é relaxado, vai ficar com raiva dele por ser assim e vai brigar por outras coisas que ele não faz do jeito que ela gostaria que fizesse. Se ele pensar que ela não sabe cuidar do carro, vai ficar ansioso pela possibilidade dela estragar o carro e não vai querer que ela pegue o veículo para sair. Se ela pensar que ele não a valoriza, vai ficar triste e começar evitar a companhia dele. Se ele pensar que não é bom de cama, vai se sentir incapaz como homem e vai começar a evitar ter relações sexuais com a companheira.
Tanto a falta de um dos pilares do amor como erros cognitivos podem levar o casal a ter interações negativas, e são estas que levam o casamento à ruína.
Como recuperar o amor perdido no casamento
Sim, é possível recuperar um relacionamento em que os pilares do amor ruíram, porém, todo retorno de relacionamento implica em mudança de comportamentos. Se você quiser voltar, e continuar fazendo as mesmas coisas que levaram à separação, os resultados serão muito parecidos.
Quando há uma separação, a tendência é colocar a culpa em uma das pessoas. Porém nunca um é 100% culpado do relacionamento não ter dado certo, cada pessoa tem sua parcela da culpa. Quando os dois decidem reatar o importante é cada um assumir sua parte na separação e estar disposto a mudar. Mesmo que uma pessoa aceite “dar uma chance” a outra, ela não pode apenas ficar esperando a outra mudar, ela também tem que realizar mudanças para que o relacionamento dê certo.
Vou dar algumas dicas para casais que desejam voltar ou para os que querem melhorar o casamento.
A primeira dica é: INTERROMPAM OS PADRÕES DE INTERAÇÕES NEGATIVAS! Coloquei a frase em letras maiúsculas e negritos pois é a dica mais importante que vou dar, uma vez que são estes padrões que levam à ruína o casamento. Enquanto houver interações negativas, estarão presentes sentimentos aversivos, e vai chegar uma hora que estes vão estar tão intenso que algum dos dois vão querer se separar.
Entenda o que levou o casal a separação. Como já falei, ambos possuem sua parcela de culpa, desta forma entender o que levou a separação é primordial para que não ocorra de novo. Mas não é apontar a culpa no outro, é fazer um meá culpa. Mesmo que ambos cheguem a conclusão que um é mais culpado que o outro, as interações negativas ocorrem sempre entre duas pessoas, talvez a maneira que um lida com os problemas do outro também não seja adequada.
Entenda as diferenças entre homens e mulheres. Homens e mulheres são diferentes, isto é fato. São diferentes na maneira de sentir, de se comportar, de realizar avaliações cognitivas, em expressar emoções, em compartilhar ideias, em como agir perante uma discussão. Entender como cada um dos sexos age é primordial para melhorar o relacionamento. Sugiro o famoso livro “Homens são de marte, mulheres são de Vênus” para você entender as diferenças. O livro é muito bom.
Cuidado com os ganhos secundários. As vezes os padrões de interações negativas podem trazer outros ganhos. Por esses dias estava dirigindo um grupo com pacientes alcoolistas, e um deles disse que quando estava com vontade de beber brigava com a mulher para poder ter desculpa para ir ao bar beber. Mulheres fazem muito isso, tem dia que a mulher começa a implicar e arranjar desculpas para brigar com o marido, não por algo que ele fez, mas para descontar alguma frustração que está sentindo sabe-se lá por quê.
Retirem do ambiente as estimulações aversivas. Estimulações aversivas são coisas que levam o casal a terem padrões de interação negativas. Pode ser coisas como videogame, celular, computador, a sogra ou o sogro, as crianças, a toalha em cima da cama, louça suja na pia, o quintal bagunçado, etc. Algumas coisas não são possíveis serem removidas, ninguém vai matar a sogra ou dar os filhos, nestes casos tem que aprender a lidar com a estimulação aversiva. Já nas outras fontes de brigas é possível intervir.
Tenham momentos de intimidade. Não apenas para terem relação sexual, mas momentos que os dois possam permanecer abraçados, contar sobre o seu dia, compartilhar os sonhos, as dificuldades, fazer alguma atividade em conjunto como jogar um jogo ou fazer uma refeição especial. Em fim, momentos que os dois tenham pra eles. Há pesquisas que dizem que o casal precisa de pelo menos 2hrs por semana para esses momentos.
Assistam filmes juntos. Assistir filmes é a melhor forma para um casal que brigou e quer retornar ficar em um clima estranho. Isso porque não é necessário um diálogo, os dois podem apenas ficar quietos, abraçados e assistindo. O melhor gênero de filme para assistir nestes casos é um drama que faça a pessoa se debulhar em lágrimas.
Perdoe. O perdão é a a expressão suprema da empatia e do altruísmo, é a única coisa que fazemos pensando apenas no outro e não em nós mesmo. Perdoar é a melhor coisa que existe, lava a alma, tira todos os sentimentos ruins das costas o peso no peito.
Cuide da sua saúde mental. Se sua saúde mental não tiver boa, praticamente todas as áreas da vida vão ser afetadas.
Façam terapia de casal. Se nada disso der certo, ou para aproximar ainda mais os dois, a terapia de casal é o processo mais indicado. Terapia de casal é um espaço onde um profissional neutro vai ajudar o casal a identificar os padrões de interações negativas, os pensamentos errados e os estímulos externos que estão levando a brigas. O profissional vai propor melhora da comunicação e exercícios que vão ajudar o casal a ter um relacionamento mais feliz. E se não for possível a continuidade do casamento, vai trabalhar para que a separação seja o menos doloroso possível.
Quando não é possível recuperar o amor perdido no casamento
Em determinadas condições não é aconselhável o casal reatar, abaixo descrevo quais são. Se o seu relacionamento possui ou possuiu uma destas condições, fuja! delas.
A primeira condição que não é aconselhável o casal reatar o relacionamentos são em casos de violência doméstica. Se o homem (ou a mulher em alguns casos) agride fisicamente a companheira uma vez, ele pode fazer isso muitas outras vezes. É muito difícil para a mulher conseguir tomar a decisão de interromper um relacionamento abusivo, e quando ela consegue fazer isso o melhor é ficar longe daquela pessoa. As vezes a agressão não é física e sim psicológica como humilhações, xingamentos, diminuir a pessoa, controle excessivo sobre o que ela veste, a onde vai, com quem sai.
Outro caso que não é aconselhável os dois voltarem é quando um dos companheiros possui um transtorno de personalidade não tratado. Transtornos de personalidades comprometem a interação social, o funcionamento laboral e, invariavelmente, levam a padrões de interação negativa. Se você possui um transtorno de personalidade ou está em um relacionamento com uma pessoa que possui um, indico fortemente um acompanhamento psicoterapêutico com um psicólogo comportamental ou cognitivo comportamental.
O ultimo dos casos que a volta é muito difícil é quando um dos companheiros se acha muito melhor que o outro. Esta pessoa resolve dar um chance para a outra, mas acaba impondo padrões muito altos que a outra não vai conseguir, ou querer, alcançar em curto espaço de tempo. A pessoa que deu uma chance vai achar o tempo todo que merece coisa melhor, vai desqualificar o esforço da outra, e vai impor condições inaceitáveis. Há esperança para o relacionamento quando cai neste tipo de situação, mas ela é muito pequena.
O texto ficou extenso, mas espero ter ajudado a compreender um pouco sobre como os relacionamentos são formados e como eles acabam. Muitos dos conceitos foram escritos de forma geral, aos poucos vou fazendo outros artigos para aprofundar. Quem quiser saber especificamente sobre algum ponto pode entrar em contato comigo.