“Não sei o que houve” e “isso nunca aconteceu comigo”, essas frases são familiares pra você? Se forem meu amigo o negócio está difícil pro seu lado. A disfunção erétil, a popular broxada, acontece mais do que os homens ousam admitir. A Sociedade Brasileira de Urologia estima que 40% dos homens brasileiros possuem algum grau de dificuldade de ereção, ou seja 4 em cada 10 homens. É, não ta fácil pra ninguém. O que leva um homem a ter dificuldade de ereções? Como isso impacta a vida do casal? Como resolver o problema? Hoje no globo repórter. Continue lendo o artigo para descobrir:
– Ser homem é ser potente!?
– O que é disfunção erétil;
– Existem diferentes graus de disfunção erétil?
– Quais as causas da disfunção erétil;
– Quais os tratamentos para disfunção erétil.
Ser homem é ser potente!
De todas as disfunções sexuais, a disfunção erétil é a mais foda a que causa mais sofrimento ao homem. Isto porque, na nossa sociedade, o conceito de masculinidade está fortemente ligado ao do ato sexual, e o pênis é o distintivo da virilidade.
Ser homem é ter um pênis capaz de funcionar adequadamente, é ser potente, ter força, poder, autoridade. Se o rifle não funciona, o soldado não serviria pra nada. E é exatamente assim que um homem se sente quando não consegue ter ereçoes: inútil, humilhado, impotente, sem poder, força e autoridade.
E, pra desgraçar tudo, ainda é motivo de piadinhas entre os amigos.
Nem todo homem possui estrutura psicológica para suportar a pressão social, a cobrança da mulher e a autocrítica sobre sua sobre sua “impotência”. Frequentemente a inadequação pode levar a problemas no relacionamento, desespero e até suicídio.
Por isso, mulheres, caso o seu companheiro esteja com dificuldade de ereção, muito, muito cuidado em como lidar com a situação, com certeza ele não broxa por querer.
O que é disfunção erétil
Um homem tem disfunção erétil quando tem dificuldade em ter ou manter uma ereção na maioria das vezes que tenta fazer sexo, a ponto de não conseguir penetrar a mulher (ou outro homem, vai saber…) ou atingir o orgasmo. Se o problema acontece eventualmente não chega a ser uma disfunção erétil, tem que ser na maior parte das vezes; nem se acontecer apenas com determinada mulher ou diante de certas situações. Mas não fique tão aliviado, falhas ocasionais podem levar a disfunção caso você comece a desenvolver o medo de falhar. Ajudei muito você não ficar preocupado, ne?
A disfunção erétil é um quadro que afeta a fase da excitação (ficar de pau duro) da resposta sexual humana. Ela não pode ser confundida com diminuição no desejo sexual, são coisas completamente diferentes.
Nem toda disfunção erétil é igual, os casos podem ser divididos em leves moderados ou graves. O homem pode desenvolver uma Disfunção erétil (DE pros íntimos) aos poucos ou de forma repentina.
Outro ponto interessante, ou nem tanto, é que a disfunção erétil não quer dizer, necessariamente, que o homem não consiga ter ereções.
Como assim Luiz? Você está de sacanagem com minha cara? Acabou de falar que a disfunção erétil é incapacidade de ter ereção, e agora diz que não é?
Já diz a famosa frase “treino é treino, jogo é jogo”. Se, ao treinar, você se garante, mas na hora do jogo não tem um bom desempenho, você tem disfunção erétil. Lembra que falei no texto sobre disfunções sexuais, que as disfunções eram definidas como uma resposta sexual deficiente, e que era um conceito biológico? Então, se você não consegue penetrar uma mulher e manter o Malaquias duro até ejacular, você broxou pode ter uma disfunção erétil, mesmo que tenha ereção na masturbação.
Há casos que mesmo com a dificuldade de ereção, o homem consegue chegar ao orgasmo. Isso acontece porque ele tem um problema na hora da excitação (deixar o pau duro) e não na hora de gozar (orgasmo).
Graus da disfunção erétil.
Nem toda broxada é igual, as vezes o Junior nem levanta, outras fica meia bomba, outras até se anima mas logo retorna ao estado letárgico, e tem vezes que tem mais dificuldade de levantar do que em uma segunda – feira chuvosa as 6 da manhã.
A disfunção erétil pode afetar o homem em diferentes graus: leve, moderado e grave. A imagem abaixo exemplifica a posição do pênis em cada um deles.
No grau leve a ereção é suficiente para permitir a penetração e suficiente para chegar ao orgasmo, contudo a ereção pode diminuir um pouco durante o sexo, deixando o cara com medo de falhar e impulsionando-o a aumentar a velocidade da penetração para não perder a ereção. É a famosa meia bomba.
No grau moderado há algum sinal de vida vindo do pênis, porém as vezes não é suficiente para a penetração ou precisa de muita estimulação para você conseguir uma ereção que de pra brincar. A tendência é que no meio da relação o homem perca a ereção.
Já o grau severo não permite a penetração. O cara tem a sensação que o pênis está anestesiado, como se os estímulos não fossem captados com a força suficiente pelo pênis para permitir uma ereção. É como quando você acaba de ejacular e entra no período refratário. A mina está lá acariciando e nada, se esfregando e nada, chupando e… nada. Só falta você mandar ela assoprar pra ver se infla.
O que faz o homem broxar?
O pênis é um órgão sensível e em muitos casos a dificuldade de ereção é a primeira manifestação de alguns problemas. As causas da disfunção erétil podem ser divididas em duas: biológicas ou orgânicas e psicológicas
Causas orgânicas da dificuldade de ereção:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Fimose;
- Traumatismos;
- Infecções;
- Herpes;
- Sequelas cirúrgicas;
- Curvaturas penianas;
- Prostatite;
- Doenças Gonocócicas
- e mais um monte de coisas.
Causas psicológicas da disfunção erétil
- Ansiedade de desempenho (medo de falhar);
- Problemas conjugais;
- Dificuldades econômicas;
- Estresse;
- Perda de cônjuge ou alguém próximo;
- Ejaculação precoce de longa duração;
- Baixa autoestima;
- Depressão;
- Ansiedade
- e mais um monte de coisas.
Uma coisa muito importante é que o homem tem resistência de aceitar que a sua dificuldade de ereção seja de causa psicológica. Muitos entendem que problemas de origem psicológicas são fraquezas, o que não é o caso.
Outra coisa que leva os homens a repudiarem a causa psicológica da dificuldade de ereção é por acreditar que o tratamento e a cura seja mais difícil, o que nem sempre é o caso.
Em muitos casos, o homem procura uma causa orgânica para poder jogar a culpa nos fracassos, sentem-se como se não fossem os culpados (não que sejam), mas que têm uma doença e por isso não conseguem ter ereções. Isso diminui muito a ansiedade e a autocobrança.
O problema desta procura incessante pela causa orgânica é que deixa o cara ou o casal vulnerável a pessoas pouco éticas que oferecem tratamentos miraculosos e de valor científicos duvidosos. E também que, se a causa é psicológica, as intervenções cirúrgicas ou medicamentosas podem se mostrar insuficientes e frustrar mais a pessoa.
Tratamento para a disfunção erétil
A primeira parte do tratamento consiste em uma coisa muito simples, mas bem difícil: o homem aceitar que tem um problema e que precisa de ajuda! Hô bicho teimoso que são os homens, enquanto tiver funcionando um pouquinho, mesmo que na marra, não procuram ajuda. A vida sexual do cara está igual carro velho, você nunca sabe quando pode contar com ele (ele, no caso, é o seu pinto), está broxando dia sim dia não, está sofrendo, e ainda resiste em procurar um especialista.
Depois que você aceitar que tem um problema, o segundo passo é procurar um profissional. Eu aconselho que você procure primeiro um médico, isso por dois motivos: 1º homem NUNCA vai ao médico, só vai se está quase morrendo (ou se quiser um atestado para não ir trabalhar), então é uma ótima oportunidade de fazer alguns exames e ver como está tua saúde como um todo; 2º algumas dificuldades de ereção podem apresentar sinais ambíguos entre causas psicológicas e biológicas, então alguns exames simples de rotina podem determinar se a causa é ou não biológica.
Ao chegar ao médico ele vai te pedir alguns exames de sangue de rotina e fazer uma avaliação física. Se for encontrada uma causa biológica o médico pode te encaminhar para um urologista para realizar o tratamento ou para outro especialista na área de medicina, como cardiologista, endócrino, etc, dependendo da causa do problema. Mesmo que a causa seja de origem orgânica, consultas com psicólogo ou sexólogo pode ser indicada também.
“Você não tem nada, isso é psicológico”, se no final da consulta você ouvir essa frase, quer dizer que o problema não é físico e sim psicogênico. Para fatores psicológicos o profissional mais adequado é psicoterapeuta sexual (um psicólogo que é especialista em sexualidade).
Você deve ter bem claro que o psicólogo não é um profissional que realiza tratamento apenas de “loucos”, ele pode atuar em várias áreas, inclusive na área de sexualidade com pessoas sem nenhum pingo de loucura . O papel do psicólogo é descobrir o motivo de você estar tendo um problema sexual e ajudá-lo a superar as dificuldades identificadas. Por exemplo, você está com medo de broxar e o medo acaba levando à falha, o psicólogo vai trabalhar com você a mudança dos pensamentos que te levam ao medo; você está estressado e o estresse te faz broxar, então o profissional vai ensinar estratégias de como lidar e diminuir o estresse, e por assim vai.
O tratamento mais indicado pra você depende da causa do problema, mas, independente de tudo, procure ajuda! Ficar sofrendo achando que o problema vai passar pode piorar o grau e aumentar a dificuldade em tratar.
Um pouco do receio de procurar ajuda é por medo de ser julgado pelo profissional: “vai que ele pense isso de mim”, “e se ele achar que sou gay”, e por ai vai, um monte de fantasias que te travam. Vai esperar até perder a mulher e ficar ainda pior? Os profissionais são preparados para lidar com os mais diversos tipos de problema, e não nos importamos sobre sua orientação sexual, religião, tamanho do pênis e outras inseguranças. A única coisa que pra nós é importante é o seu sofrimento e como vamos, juntos, fazer ele diminuir.
Espero ter te ajudado a entender sobre o assunto e dar o primeiro passo e procurar ajuda. Se ainda tiver alguma dúvida que não foi esclarecida ou quiser agendar uma sessão de avaliação, pode me mandar um WhatsApp (41) 98437-9159.